quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Parece que com peixe tudo pode

Estamos acostumados a ver, sem nenhuma emoção, peixes sendo mortos ou judiados. Programas de televisão que abordam a pesca esportiva, reportagens de turismo onde a atração é pescar ou o pescado (culinária) e matérias sobre a indústria da pesca estão recheados de imagens desses animais sendo retirados da água e agonizando. E isso não causa comoção. Um dos desdobramentos desse fenômeno está no achar que com os peixes se pode fazer qualquer coisa:

“Durante a fiscalização em bares e casas noturnas realizada nesta terça-feira (29), foi detectada prática de crime ambiental em um bar localizado no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus. A informação é da Prefeitura de Manaus. O estabelecimento possuía um aquário com pirarucus, tambaquis e quelônios sem as devidas licenças ambientais.

Peixes de 100 quilos em aquário pequeno: o problema 
só foi a falta de licença
Foto: Marinho Ramos/Semcom

Avaliação dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) apontam que os dois pirarucus pesavam, pelo menos, 100kg cada. O peixe é protegido pela legislação ambiental desde 1991.”
– texto da matéria “No AM, peixes de 100kg são achados em aquário de bar e dono é autuado”, publicada em 29 de janeiro de 2013 no portal G1

Independentemente de o estabelecimento estar todo irregular (não possuía licença ambiental, habite-se e alvará de funcionamento, estava com a vistoria do Corpo de Bombeiros vencida , não tinha responsável técnico pelos extintores e gerador e estava com seu controle de pragas vencido), o fato de o comerciante manter grandes peixes confinados em um pequeno aquário deveria também configurar maus-tratos.

Mas, parece que para peixe tudo pode.

- Leia a matéria completa do G1

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